Em 17 de julho de 1994, há exatos 27 anos, a Seleção brasileira se tornou tetracampeã da Copa do Mundo de Futebol em uma partida emocionante contra a Itália, decidida nos pênaltis após o empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Durante a festa do título, ainda no gramado, os jogadores fizeram uma homenagem a Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1, com uma faixa: “Senna…Aceleramos juntos, o Tetra é nosso”.
O piloto brasileiro, que havia dado o pontapé inicial do amistoso entre Brasil e PSG, realizado em Paris no dia 20 de abril de 1994, cumprimentou todos os jogadores e desejou que eles conquistassem o tetracampeonato na Copa do Mundo. A delegação da Seleção também desejou os mesmos votos ao brasileiro, que disputava a temporada de 1994.
Ídolo do PSG e capitão da Seleção no amistoso, o ex-jogador Raí falou ao Senna TV sobre as homenagens feitas a Ayrton Senna pouco tempo após o acidente.
“Aquele grupo ficou comovido com tudo que aconteceu e fizemos uma homenagem para ele. O símbolo daquele grupo era um grupo unido, com foco, sabendo o que quer e sabendo que tinha aquela necessidade de vencer, de colocar o Brasil de novo em primeiro lugar”, disse Raí. “Então, acho que tem muita coisa similar com o universo do Ayrton e por isso que aquela homenagem também ‘caiu certinho’ com o espírito dele, o jeito dele encarar o esporte e nós também como campeões do mundo”, completou.
Senna vivia um momento difícil na Williams após ter abandonado o GP do Brasil em Interlagos quando estava em segundo e, logo na sequência, ter sido tocado ainda na largada do GP do Pacífico, no Japão, em 17 de abril, quando também não completou a prova.
Apesar disso, a expectativa era de que o brasileiro conseguisse recuperar os pontos no GP de San Marino, onde ocorreu o acidente do piloto. A história de Senna mexeu com todos os brasileiros, inclusive com a Seleção, que se inspirou na dedicação e na garra de Ayrton para buscar o tetracampeonato do mundo no futebol.
“Esses grandes atletas, não só foram grandes atletas, mas grandes homens. Não é só o atleta, porque eu conheço muita gente que ganha um pouquinho e fica meio marrento. Ele era um ídolo simples, um cara normal, que gostava do Brasil e que amava seu País. E o Tetra fica com uma mensagem que eu sempre digo – ‘ah, o Brasil teve 22 jogadores’. Eu acho que o Ayrton foi o 23º”, explicou o ex-jogador Ricardo Rocha, também ao Senna TV.
Na semana em que o tetracampeonato completou 26 anos, em 2020, uma série de LIVES foi realizada com os jogadores que participaram da conquista histórica nos EUA para um bate-papo sobre a relação do título e dos jogadores com Ayrton Senna. O atacante Bebeto falou sobre a inspiração que Senna levou à seleção.
“A gente tinha que ganhar esse campeonato. Não só para nós, mas para poder dar uma alegria para todos os fãs do Ayrton, que foi aquele cara que inspirou a seleção, que inspirou a todos nós. Era um cara muito dedicado e ele era muito determinado, muito focado nos seus objetivos. E outra coisa: um patriotismo nas veias. Ele amava o povo brasileiro e o povo brasileiro amava ele também. Então era uma oportunidade que poderia ter sido a última nossa e a gente tinha que conquistar esse título. Para dar essa alegria e estar dedicando para o Ayrton Senna”, disse Bebeto. “Seleção brasileira em Copa do Mundo e Ayrton Senna na pista não tinha combinação melhor”, lembrou Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção em 1994.
Relembre a história completa da relação de Senna com a Seleção Brasileira nos episódios do Senna TV e nas LIVES completas no YouTube:
Raí
Ricardo Rocha
O tetra da Seleção Brasileira de futebol e Ayrton Senna – Entrevista com Dunga e Taffarel
A homenagem da Seleção Brasileira a Ayrton Senna no tetra em 1994 – Com Mauro Silva e Zetti