O início da temporada 1985 da F1 foi de um equilíbrio muito grande entre as principais equipes do grid. Lotus, McLaren, Ferrari e Williams travariam grandes duelos ao longo do ano e Ayrton Senna mostrava que seria “osso duro” para os adversários. Após ter vencido em Portugal, o piloto brasileiro dominou o GP de San Marino com pole position e liderança nas 56 das 60 voltas.
Nas últimas voltas na pista italiana, Ayrton teve problema de combustível em sua Lotus e a vitória ficou com Alain Prost. Querendo dar a volta por cima após ter perdido a chance de liderar o início do campeonato, Senna chegou em Mônaco empolgado pela exibição no ano anterior, quando foi o segundo colocado com a Toleman naquela polêmica interrupção de prova que favoreceu a vitória de Prost ainda antes da metade da prova.
Senna tinha certeza que poderia fazer ainda melhor no Principado em 1985 com um carro mais competitivo. Nas duas sessões classificatórias, Senna levou a melhor sobre todos os adversários, cravando o tempo de 1min21s631 no primeiro treino e melhorando sua marca na sessão final com 1min20s450, justamente nos minutos decisivos do treino.
A terceira pole consecutiva na temporada 1985 veio com uma diferença mínima de 86 milésimos para Nigel Mansell, da Williams, com Michele Alboreto na terceira colocação. Desde aquela época, largar na frente em Mônaco era o principal passaporte para a vitória no domingo, dada a imensa dificuldade de ultrapassagem no apertado circuito de rua.
No domingo de 19 de maio, Senna conseguiu largar bem, abriu uma boa vantagem para Michele Alboreto, segundo colocado com a Ferrari, mas na 13ª volta uma falha no motor Renault EF15 acabou tirando o piloto da Lotus da corrida. Em dois anos, um pódio com um segundo lugar que merecia uma vitória e uma pole position – o futuro Rei de Mônaco já estava mostrando que seu reinado chegaria ao auge em breve.