A carona que Senna pegou com Mansell
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O forte começo da temporada de 1991 com quatro vitórias foi providencial para o tricampeonato de Senna naquele ano. Na Inglaterra, palco da oitava etapa, Ayrton tinha um carro inferior ao da Williams de Nigel Mansell. Mesmo assim, o brasileiro tentaria sua quinta vitória.
O “Leão” fez a pole position com 0s679 de vantagem para o brasileiro e dominou a corrida de ponta a ponta até completar as 59 voltas. Senna, que também fez uma corrida sem sustos após o abandono de Riccardo Patrese na segunda volta, levava seu carro para o pódio, mas na última volta sua McLaren ficou sem combustível. O carro parou e o painel do monoposto ainda informava ter gasolina de sobra para ir até o final.
Com Senna ficando pelo caminho, Gerhard Berger terminou em segundo com a McLaren e Alain Prost foi o terceiro colocado com a Ferrari. Ayrton terminou em quarto, já que os outros pilotos haviam levado pelo menos uma volta do britânico.
Na volta de desaceleração de Mansell, o piloto da Williams parou em frente à McLaren de Ayrton. O brasileiro colocou a perna direita dentro do carro do britânico, agarrou no “Santo Antônio” do carro e pegou a carona mais simbólica da Fórmula 1, algo que hoje seria proibido pelo regulamento atual.
Um fiscal de pista até tentou impedir a cena por questão de segurança, mas naquela altura não havia ninguém que fosse capaz de não se emocionar com aquele momento: duas lendas da Fórmula 1 dividindo literalmente o mesmo carro.