O último triunfo de Ayrton Senna na Fórmula 1 aconteceu em 7 de novembro de 1993 no GP da Austrália. Apesar do grande domínio das Williams e do tetra já assegurado por Alain Prost, vencer a corrida final de 1993 em Adelaide teria um significado bastante especial para Senna. Era a despedida do piloto brasileiro da McLaren após seis anos de sucesso e três títulos mundiais.

Nessa mesma corrida, Prost se aposentava de vez da Fórmula 1. Estava marcado então o último duelo entre eles na F1, o que deixaria um grande vazio para muitos fãs do automobilismo nos anos seguintes.

Senna foi o mais rápido nos treinos livres e a única pole do piloto brasileiro no ano veio de maneira inesperada. O piloto da McLaren estava com problemas de rádio e não ouviu os pedidos de Ron Dennis para que voltasse aos boxes, já que o carro estava prestes a ter uma pane seca e ficaria sem gasolina no meio da pista.

Enquanto Ron Dennis gritava: “volte para o box devagar! Você vai ficar sem combustível”, Ayrton parecia acelerar mais e não desistir de cravar a pole em cima de Alain Prost. Na sua última chance, o tricampeão cruzou a linha de chegada com o tempo de 1min13s371 e foi o mais rápido da sessão com 0s436 de vantagem para o francês. Esta foi a pole de número 62 de Senna na F1.

Na corrida, Senna seguia à frente de Prost, com Hill e Schumacher logo atrás. O alemão da Benetton teve problemas na volta 20 e teve que abandonar a prova mais cedo. À medida que a corrida prosseguia, a liderança de Senna era cada vez maior.

Senna somente deixou a ponta quando parou para trocar pneus na 23ª volta, retomando-a de Prost na 29ª volta. No final, após 79 voltas, Senna recebeu bandeirada em primeiro lugar e conquistou sua 41ª vitória nos 158 Grandes Prêmios disputados até ali. Foi a última vitória de Senna na F1, a 35ª pela McLaren, com 46 poles e 447 pontos conquistados dentro da equipe inglesa.