A vitória de Ayrton Senna em Detroit no ano de 1987 está completando 29 anos neste 21 de junho e esta prova ficou marcada na história do esporte como uma verdadeira aula de como poupar pneus pode garantir uma vitória na F-1.

No ano anterior, Senna já havia conquistado uma vitória épica em Detroit ao levantar a bandeira do Brasil pela primeira vez dentro do seu carro. Em 1987, o piloto da Lotus lutou novamente contra o inglês Nigel Mansell. O desgaste de pneus na pista de rua norte-americana estava bem acima da média.

Para se ter ideia, Senna teve 41 vitórias na F-1, sendo 22 delas sem parar nos boxes durante a prova. Desta vez, no entanto, o cenário era completamente desfavorável para esse tipo de estratégia. A pista de rua de Detroit estava bastante danificada, com buracos que poderiam furar os seus pneus a qualquer momento.

Mansell iniciou o GP de 1987 na frente. Após o pit stop do piloto da Williams na volta 34, Senna tinha 21s de vantagem para o rival. Foi então que Galvão Bueno disse na transmissão da TV Globo. “Agora seria a hora de parar. Hora de fazer uma boa troca e ainda voltar na ponta”, disse o narrador, se referindo à demora da Williams para devolver o “Leão” para a pista.

Ayrton não trocou pneus, o único dos pilotos que pontuaram na prova a adotar essa estratégia, e ainda começou a fazer voltas muito velozes na sequência. Parecia que o piloto brasileiro estava em um treino classificatório contra ele mesmo. Na volta 39, anotou o melhor giro da corrida em 1min40s464 e ainda se beneficiou dos problemas de Mansell na sequência, que sofria com câimbras.

Nelson Piquet assumiu o segundo lugar, mas a distância para Ayrton era imensa, chegando a ser de mais de um minuto antes das últimas dez voltas. Ao ver que ninguém aparecia em seu retrovisor, Senna pôde administrar a vantagem e conseguir pelo segundo ano seguido a vitória no difícil circuito de rua de Detroit.

Relembre os melhores momentos da prova: