Gp da Bélgica 1984

Fórmula 1

Grande Prêmio da bélgica

O bom resultado de Ayrton Senna no GP da África do Sul trouxe otimismo para um fim de semana positivo também na Bélgica. Três semanas depois de conquistar seu primeiro ponto na Fórmula 1, o brasileiro queria repetir o feito de levar o seu Toleman à zona de pontuação. 

Contudo, o circuito de Zolder estava longe de favorecer o motor Hart e também o modelo antigo TG 183B, usado na temporada anterior e cuja atualização só viria na quinta corrida daquela temporada de 1984, no GP da França.

CIRCUITO ZOLDER

A pista de Zolder trazia duas histórias bastante distintas. 
Em 1982, última prova realizada no circuito belga até então, o canadense Gilles Villeneuve sofreu um acidente fatal com a Ferrari no treino classificatório para o GP da Bélgica, onde Senna também correu em uma categoria preliminar – a etapa da Formula Ford 2000, categoria na qual ele seria campeão naquela temporada, com 21 vitórias em 28 provas.
Em 1983, a pista de Zolder foi substituída por Spa-Francorchamps, circuito que recebe atualmente a Fórmula 1 na Bélgica, e voltou novamente em 1984, para aí sim se despedir de vez do calendário da categoria.

PREPARAÇÃO PARA A PROVA

Nos treinos, Ayrton e a equipe se esforçaram nas mudanças aerodinâmicas, mas o brasileiro alinhou na discreta 19ª posição entre os 26 carros presentes no grid. Curiosamente, esta seria sua pior posição de largada da carreira, mas a corrida estaria entre uma das suas melhores com relação ao equipamento que tinha em mãos.
Ayrton passou a se preocupar com os acertos do carro para a corrida e usou todo o tempo do warm up para tentar algum progresso antes da largada.
Na parte da frente do grid, Michele Alboreto e René Arnoux colocavam suas Ferrari na primeira fila. Foi a primeira pole position do italiano na carreira. Keke Rosberg era o terceiro com a Williams e Derek Warwick era o quarto colocado com a Renault. A terceira fila foi composta pela Lotus de Elio de Angelis e o surpreendente ATS do alemão Manfred Winkelhock.

A CORRIDA

Na largada, Alboreto manteve a ponta e Warwick aproveitou para pular de quarto para o segundo lugar, enquanto Arnoux e Rosberg perderam uma posição cada um. 
No meio do pelotão, o venezuelano Johnny Cecotto, companheiro de Senna na Toleman, abandonou logo na segunda volta, após largar em 16º. Alain Prost, líder do campeonato com a McLaren, foi o próximo a abandonar a prova. O carro do francês chegou a pegar fogo, mas os bombeiros trabalharam rapidamente e ninguém se feriu.
Enquanto isso, os brasileiros iniciavam suas recuperações na corrida. 
Nelson Piquet largou na nona colocação e entrou na zona de pontos ainda nas primeiras cinco voltas. Na sequência, foi à caça de Elio de Angelis, quinto colocado, e ainda chegou ao terceiro lugar após ultrapassar Winkelhock e René Arnoux durante a primeira metade da corrida.
Já Senna precisou colocar o seu Toleman na grama na hora da largada após um piloto ficar parado no grid. Com isso, manteve a sua posição original após as primeiras nove voltas.

AYRTON SENNA NA DISPUTA

Senna assumiu o 18º lugar ao tomar a frente de Jacques Laffite na décima volta e depois se beneficiar dos abandonos de Mansell (Lotus), Thierry Boutsen (Arrows) e Eddie Cheever (Alfa Romeo) para assumir o 15º lugar.
Ayrton constatou duas dificuldades em seu carro durante a prova: enquanto o tanque estava cheio, precisou maneirar na velocidade para evitar o desgaste excessivo dos pneus, e, quando ficou com pouca gasolina, precisou domar o carro no braço, pois ele saía muito de frente e era sabidamente bastante duro e pesado de se guiar.
Ao assumir o 13º lugar, Senna entrou nos boxes para realizar a sua única troca dos pneus Pirelli. No início da segunda parte da corrida, ele se beneficiou dos abandonos de Andrea De Cesaris e Teo Fabi, pulando para 11º.

Com menos de 20 voltas para o final, Senna ultrapassou o suíço Marc Surer (Arrows) e, logo na sequência, na volta 54, Martin Brundle (Tyrrell) teve problemas na saída do box e Ayrton tomou a nona posição.
O próximo alvo do piloto da Toleman era Patrick Tambay, da Renault. Ayrton concretizou a ultrapassagem e ficou a apenas duas colocações de repetir o sexto lugar conquistado em Kyalami.
Na volta 66, Nelson Piquet deixou a prova. Após ter conseguido andar em terceiro durante boa parte da corrida, o motor BMW de sua Brabham deixou o piloto brasileiro na mão quando era o quinto colocado.

Com isso, Senna passou a linha de chegada na sétima posição, mas Stefan Bellof, sexto colocado, foi desclassificado por irregularidades em sua Tyrrell. Na parte da frente do pelotão, Alboreto conseguiu sua primeira vitória na temporada e também a primeira a bordo da Ferrari, sendo ela toda de ponta a ponta.
O pódio em Zolder foi completado pelo britânico Derek Warwick em segundo e René Arnoux, da França, em terceiro. O finlandês Keke Rosberg foi o quarto e o italiano Elio de Angelis terminou em quinto. 
Mesmo com todas as adversidades, Ayrton Senna conquistou outro sexto lugar e com isso pontuou pela segunda vez em apenas três corridas disputadas na Fórmula 1. Um início bastante importante para um jovem talento de apenas 24 anos, o mais jovem do grid na época.
O quarto GP da temporada seria realizado em Ímola logo na semana seguinte.

Fórmula 1

Gp da Bélgica

Grid de largada

A Corrida

Senna na corrida

Grid de largada

M. Alboreto

R. Arnoux

K. Rosberg

D. Warwick

E. de Angelis

M. Winkelhock

R. Patrese

A. Prost

N. Piquet

10º

N. Mansell

11º

E. Cheever

12º

P. Tambay

13º

A. de Cesaris

14º

N. Lauda

15º

J. Laffite

16º

J. Cecotto

17º

T. Boutsen

18º

T. Fabi

19º

Ayrton Senna

20º

P. Ghinzani

21º

S. Bellof

22º

M. Brundle

23º

F. Hesnault

24º

M. Surer

25º

M. Baldi

26º

J. Palmer

27º

A Corrida

voltas

carros

abandonos

volta mais rápida

tempo

Pódio

Senna na Corrida

Posição de final

10º

posição no campeonato após a prova

19º

posição de largada (não se qualificou

1

pontos somados no campeonato

1’22”633

melhor volta

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