O Grande Prêmio da França de Fórmula 1, realizado no autódromo Dijon-Prenois, parecia destinado a uma festa bem local. Os motores turbo da Renault, fabricante francesa, garantiram as primeiras posições no grid com Patrick Tambay (Renault) e Elio de Angelis (Lotus-Renault).
O 13º lugar para a largada não parecia tão ruim para Ayrton Senna. O piloto brasileiro ainda mostrava otimismo:
“Minha tática vai ser espetacular. Vou pular na frente e despachar a concorrência.”
Depois, mais sério, ponderou sobre as dificuldades que encontraria na prova. Seus adversários não tinham apenas carros mais velozes: o motor Hart de seu Toleman também tinha apresentado problemas em diversos momentos na temporada.
“O que me resta aqui é fazer o feijão com arroz. Defender-me na largada e progredir até onde o carro aguentar.”
Fazendo o feijão com arroz, Ayrton Senna conseguia fazer uma boa prova, quando novamente uma quebra do motor Hart na 35ª volta o impediu de completar a corrida. Uma pena, pois no momento do abandono ele já estava na zona de pontuação.