Nenhum piloto admite ser supersticioso, mas todos guardam seus patuás e a maioria tem algum tipo de ritual para entrar no carro.
Mas o que aconteceu em Monza deixaria até o mais cético de cabelo em pé.
Ayrton Senna fez uma pole position inatingível, um segundo à frente de Prost. As McLaren novamente desfilavam com franco favoritismo, mesmo na terra da Ferrari.
Durante a corrida, Prost largou melhor e pulou na frente, mas foi ultrapassado pelo brasileiro na primeira chicane. A corrida estava praticamente definida com a folgada liderança de Ayrton Senna.
Até que Prost abandonou na 34ª volta, com problemas no motor. Já na 49ª volta, a duas da final, ao tentar ultrapassar o retardatário Jo Schlesser, Senna bateu, em uma manobra precipitada, no meio da curva, e abandonou a corrida.
Para a fanática torcida da Ferrari, no entanto, o acidente foi uma providência do comendador Enzo Ferrari, falecido um mês antes.
Só isso para explicar tamanha zebra com a dobradinha da Ferrari, com Gerhard Berger e Michele Alboreto, que caiu no colo da escuderia italiana.