Era grande a expectativa da estreia de Ayrton Senna pela McLaren, equipada com o mesmo motor Honda da Williams e da Lotus, mas com um conjunto que poderia, enfim, mantê-lo rápido por toda a prova.
Nos treinos de classificação, o brasileiro não decepcionou e cravou a 17ª pole position da carreira, largando à frente de pilotos como Nigel Mansell (Williams), Alain Prost (McLaren), Gerhard Berger (Ferrari), Nelson Piquet (Lotus) e Michele Alboreto (Ferrari). Era a primeira pole position de Senna em território brasileiro. O Rio de Janeiro também era palco da estreia de Maurício Gugelmin, que largava na 13ª posição, mas que não andaria mais que 200 metros após a largada.
No warm up, já na manhã nublada de domingo, Ayrton Senna era novamente o piloto mais rápido, o que trazia muita confiança para uma primeira vitória no Brasil. O Autódromo de Jacarepaguá, que estava lotado, foi ao delírio quando os carros alinharam-se no grid.
Mas logo que posicionou o seu carro na primeira fila, o piloto percebeu que o câmbio tinha problemas. Voltou rápido aos boxes, trocou de carro e largou dali, em último, voando. O que Ayrton não tinha sido informado pela equipe é que essa manobra era passível de punição – e os próprios comissários não se manifestaram até a volta 30 sobre este procedimento.