A temporada de 1990 estava entrando em sua reta final com o GP de Portugal, o 12º dos 16 da temporada. Assim como nos últimos dois anos, a disputa pelo título estava polarizada entre Ayrton Senna e Alain Prost.
O piloto da McLaren somava 72 pontos e vinha embalado de duas vitórias seguidas, a última delas ainda mais especial por ter quebrado o tabu de nunca ter vencido o GP da Itália. Prost estava pressionado e tinha 56 pontos na tabela, portanto o francês da Ferrari precisava lutar pela vitória em Estoril.
Enquanto os holofotes estavam destacados para a maior rivalidade da F1, quem “roubou a cena” foi Nigel Mansell, que teve um bom final de semana com a Ferrari desde o classificatório no sábado. Na primeira sessão classificatória Senna foi o mais rápido, mas na definição do grid o britânico levou a melhor.
A diferença entre os três pilotos foi o que mais impressionou: apenas 0s044 separaram Mansell, Prost e Senna no grid. O inglês cravou o tempo de 1min13s557, enquanto Senna, que abriu a segunda fila, marcou 1min13s601.
Mansell vinha em uma temporada bastante discreta, com somente dois pódios conquistados e nenhuma vitória. Tudo foi diferente em Estoril para o Leão, que atrapalhou bastante os planos de Prost, já que o francês precisava descontar pontos de Ayrton no campeonato.