Passavam das 10 horas da noite quando Ayrton Senna saiu do motorhome da McLaren na sexta-feira.
Esteve ali durante o dia todo para descobrir com seus técnicos a melhor tática para vencer o último Grande Prêmio europeu do ano.
No sábado, viu Gerhard Berger, seu companheiro, conquistar a pole position. Ele sairia em terceiro e já tinha uma pista do que faria.
Decidiu enervar Nigel Mansell, seu adversário na briga pelo título.
Enquanto a pista esteve molhada, a tática deu certo. Ayrton Senna colocou-se em segundo após a largada e permitiu a fuga de Berger. Após a troca de pneus para pista seca, o brasileiro liderava, mas novamente deixou seu companheiro passar à frente, chamando para si a missão de segurar Mansell.
Fechou a porta por 31 voltas, em uma briga espetacular na pista, mas rodou e perdeu a posição. E Mansell, usufruindo da superioridade da Williams, conseguiu chegar à bandeirada final em primeiro. Venceu assim o Grande Prêmio da Espanha.
O brasileiro fechou em quinto e somou mais dois pontos para a decisão no Japão.