Senna fez testes antes da prova e o carro estava “muito mais consistente”. Após o primeiro treino, a equipe alterou o ajuste e ele ficou com a pole por 0,04s.
Na corrida, Brundle largou um pouco mais rápido, mas Senna entrou na Copse por dentro e usou a sua tática de campeão. Ele chacoalhou por cima da zebra, com Brundle logo atrás. Após duas voltas, a diferença se mantinha em um segundo. Brundle, raciocinando que não tinha como assumir a liderança, decidiu seguir Senna por dez voltas para ver se os pneus do brasileiro aguentavam.
Eles se afastaram do pelotão, mas Brundle se atrapalhou com um retardatário e, uma volta depois, ficou ainda mais para trás quando Senna não tomou conhecimento de dois retardatários na chicane e obrigou Brundle a seguí-los. Isso abriu uma diferença que Brundle não conseguiu descontar até o final da prova.
Podemos nos perguntar se Senna negociou com os retardatários e simplesmente os despachou ou se ele calculou precisamente o momento de ultrapassá-los, sabendo que Brundle teria que fazer a chicane atrás deles. Sem dúvida, Senna fez isso várias vezes na Fórmula 1.