Os desafios para Ayrton Senna em Detroit começaram nos treinos de classificação.
O foco estava no carro e no motor que precisavam chegar ao acerto ideal no circuito urbano da capital do automóvel. A luta foi intensa e, a menos de oito minutos do final da classificação, Ayrton Senna tinha o 24º tempo, à frente apenas de Jonathan Palmer e Piercarlo Ghinzani.
Ele, então, pediu ao engenheiro um ajuste no aerofólio traseiro e saiu obstinado em busca da melhor colocação. A mudança trouxe mais velocidade, mas, em compensação, deixou o carro menos estável.
Na terceira volta, mostraram a placa indicando 1-42. Senna respirou fundo e voltou aliviado para os boxes, já que ele tinha agora a sétima posição.
“Olha, eu apelei. Mandei mexer na asa traseira para ter mais aerodinâmica e saí atravessando. Passei riscando os muros, mas valeu a pena. Agora estou na corrida.”
O piloto esteve na disputa até a 21ª das 63 voltas, quando não conseguiu fugir da batida entre Philippe Alliot e Stefan Bellof, que o espremeram contra o guard rail. Um fim de prova ingrato para a ousadia de Ayrton nos treinos.