Gp do brasil 1984

Fórmula 1

Grande Prêmio do brasil

A estreia de Ayrton Senna na Fórmula 1 aconteceu no Rio de Janeiro, em 1984, pela Toleman. Antes mesmo de fechar o contrato, o piloto já havia testado carros de diversas outras equipes e, ainda que fosse uma estreia em casa, ele nunca tinha competido em Jacarepaguá.

“São seis horas, o Intercontinental lhe deseja um bom dia. A temperatura é de 26 graus e a previsão é de tempo bom”

Em 25 de março de 1984, domingo de prova na Fórmula 1, Ayrton Senna já estava acordado desde às 5 horas da manhã. Mesmo assim, respondeu ao bom dia gravado da telefonista e pulou da cama.

UMA CLASSIFICAÇÃO DESFAVORÁVEL

A classificação do dia anterior não foi muito promissora. Ayrton esperava uma boa posição mesmo competindo com grandes nomes como Niki Lauda e Alain Prost (McLaren), Keke Rosberg (Williams), Nelson Piquet (Brabham) e Nigel Mansell (Lotus).
Ainda lutava contra a força dos motores Porsche-TAG, Honda, Renault, BMW e Ferrari, superiores ao Hart, que embalava o seu Toleman.
Com uma incômoda vibração na suspensão dianteira, conseguiu apenas a 16ª posição no grid, na oitava fila. A pole position ficou com o italiano Elio de Angelis, a primeira dele na carreira.
Mesmo partindo na oitava fila, Senna era o melhor colocado entre os estreantes.
Os outros pilotos que também viviam a expectativa de realizar o primeiro GP eram: Martin Brundle, que pegou o 18º lugar, François Hesnault, que largaria em 19º, Stefan Bellof em 22º e Philippe Alliot que partiria da 25ª posição. O grid era composto por 27 carros.
Desde o início da semana, Ayrton demonstrava saber exatamente onde poderia chegar. Antes do início do treino classificatório, o piloto falou sobre a expectativa para aquele dia histórico em sua carreira.
“No que diz respeito ao carro, o Toleman é um carro forte, resistente, mas atualmente, é um modelo de certa forma ultrapassado em termos de velocidade. Isso vai refletir na classificação. Na tomada de tempo, as possibilidades de a gente partir em uma posição de melhor destaque são muito difíceis”, disse Senna antes da prova em entrevista concedida aos microfones da rádio Jovem Pan.

A RECUPERAÇÃO

“Durante a corrida, devido ao baixo consumo do meu motor Hart e da resistência do meu carro, as possibilidades de a gente ir ganhando posições volta a volta são muito grandes. Eventualmente, ao final de uma hora e meia ou duas horas (de corrida), conseguir uma colocação até surpreendente”, disse, na mesma entrevista à rádio Jovem Pan, e completou:
“O importante é manter a calma e dar o máximo de si dentro daquela uma hora e meia ou duas horas, e encarar o resultado, seja ele qual for – bom, muito bom ou negativo – como uma nova fase na minha carreira, onde eu vou ter que adquirir muita experiência”.
Mesmo sendo um estreante, Ayrton Senna largou bem. Longe dos holofotes das transmissões internacionais, Senna fazia uma boa corrida de recuperação em relação a sua largada, mais ou menos como ele mesmo havia previsto.

Na segunda volta, o brasileiro da Toleman já brigava com o alemão Stefan Bellof (Tyrrell) pela 13ª posição, após ganhar três posições logo na primeira volta.
Ayrton chegou a ser o nono colocado e só foi parado pelo turbo do motor Hart, que quebrou na oitava volta.
“O turbocompressor quebrou, parece. Alguma coisa aconteceu, porque o carro começou a vibrar bastante. Foi de uma hora para a outra”, comentou Ayrton Senna nos boxes, à Rede Globo.
Como consolo, o dia foi realmente lindo e ensolarado no Rio de Janeiro.
A prova foi vencida por Alain Prost, da McLaren. Keke Rosberg, da Williams, e Elio de Angelis, da Lotus, completaram o pódio.
Não foi a estreia que ele esperava, mas em poucos GPs o mundo da Fórmula 1 conheceria o potencial daquele jovem piloto chamado Ayrton Senna da Silva – e justamente em um dia de tempo bastante chuvoso nas estreitas ruas de Mônaco.
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Fórmula 1

Gp do brasil

Grid de largada

A Corrida

Senna na corrida

Grid de largada

E. de Angelis

M. Alboreto

D. Warwick

A. Prost

N. Mansell

N. Lauda

N. Piquet

P. Tambay

K. Rosberg

10º

R. Arnoux

11º

R. Patrese

12º

E. Cheever

13º

J. Laffite

14º

A. de Cesaris

15º

T. Fabi

16º

Ayrton Senna

17º

J. Cecotto

18º

M. Brundle

19º

F. Hesnault

20º

T. Boutsen

21º

P. Ghinzani

22º

S. Bellof

23º

M. Baldi

24º

M. Surer

25º

P. Alliot

26º

J. Palmer

27º

A Corrida

61

voltas

26

carros

17

abandonos

1’36”499

volta mais rápida

tempo Ensolarado

Pódio

A. Prost

K. Rosberg

E. de Angelis

Senna na Corrida

Posição de final (abandonou na 8ª volta)

posição no campeonato após a prova

16º

posição de largada

0

pontos somados no campeonato

1’42”286

melhor volta

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