A Lotus preta e dourada já estava na mente de Ayrton Senna, que se lembrava da primeira vitória do Brasil na Fórmula 1, conquistada por Emerson Fittipaldi em 1972.
Por isso, quando se sentou pela primeira vez no cockpit do carro nº 12 no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o público foi ao delírio, esperando grandes vitórias.
E ele foi o primeiro piloto a entrar na pista para os treinos daquela quinta-feira. Afinal, tudo era novo: a temporada, o carro, o motor e também sua motivação, mesmo sabendo das limitações de seu carro.
“Não posso prometer uma vitória. Nosso motor é o que tem o menor consumo de combustível e isso nos fez estudar detalhadamente a estratégia da corrida. O que posso prometer é uma luta até o fim pelo pódio.”
E, com muito esforço em sua estreia na equipe, Ayrton Senna garantiu o quarto lugar no grid, atrás da Ferrari de Michele Alboreto, da Williams de Keke Rosberg e de seu companheiro de equipe, Elio de Angelis.
No domingo, Ayrton Senna fez uma ótima largada e manteve a posição.
Durante a corrida, ele lutou pelo segundo lugar contra Alboreto e, infelizmente, teve de parar na 41ª volta devido a um problema elétrico. Entretanto, considerou a temporada bastante promissora já que finalmente tinha um carro que lhe permitia lutar diretamente pelas primeiras posições nas corridas.