Depois de ter um GP de estreia frustrante, ao não completar o GP Brasil disputado em Jacarepaguá, Ayrton Senna chegou a Ímola para a segunda etapa do campeonato disposto a uma reação imediata. E a melhor forma seria assegurar a pole position no treino classificatório, onde teria uma chance maior de superar com sua Lotus as favoritas Williams, de Nigel Mansell e Nelson Piquet – que não participaria da corrida após grave acidente na curva Tamburello.
O GP de Ímola de 1987 também marcava a segunda prova de Senna trabalhando com os japoneses da Honda, substituindo o motor Renault que a Lotus usara na temporada anterior. Outra grande mudança da equipe era a nova cor predominante do carro (amarelo, devido ao patrocinador), mas a principal inovação tecnológica do Lotus 99-T era mesmo o desenvolvimento da suspensão ativa, que atingiria seu auge cinco anos depois, na F-1.
Por isso, quando Senna estabeleceu a melhor volta do treino no dia 2 de maio, com o tempo de 1m25s826 (com média horária de 211,4 km/h), conquistou uma pole position histórica: a sua primeira com motor Honda e também a primeira de um carro com suspensão ativa na F-1. O brasileiro superou por apenas um décimo de segundo o inglês Nigel Mansell na seletiva pista de Imola. Foi a sua 16ª pole position de sua carreira até então na Fórmula 1.