Uma corrida na Itália sempre trazia à tona o sentimento do povo local em relação à Ferrari e seus pilotos, ainda mais contando com o compatriota Michele Alboreto na equipe. Mas a verdade é que não havia grande confiança de que a escuderia poderia fazer bonito naquele ano. No GP anterior, que marcou a abertura da temporada e foi realizado no Brasil, a McLaren venceu praticamente de ponta a ponta. Ayrton Senna fez a pole position e só não brigou pela vitória com Alain Prost por causa de um problema no câmbio antes da largada, que obrigou o brasileiro a entrar no carro reserva. O brasileiro deu um show de pilotagem largando dos boxes em Jacarepaguá, mas foi parado pela bandeira preta dos comissários, que consideraram irregular o uso do carro reserva. A revanche entre os companheiros de equipe estava marcada para Ímola e mais uma vez a McLaren não teria nenhuma outra equipe em seu encalço. No classificatório, Senna fez a pole em 1min27s148, sendo 0s771 mais rápido que Alain Prost. O mais assustador foi a vantagem para Nelson Piquet, terceiro no grid com a Lotus: 3s352, uma eternidade na Fórmula 1. O jornal Gazzeta dello Sport publicou a seguinte manchete no domingo: “Senna, uma pole position míssil”. Na largada, o brasileiro da McLaren pulou na frente e dominou as primeiras voltas com folga.