As quatro vitórias conquistadas no início da temporada ainda garantiam a liderança do Mundial de Pilotos para Ayrton Senna. Mas a diferença vinha diminuindo na temporada europeia e a performance da Williams impressionava, com quatro triunfos consecutivos dos rivais da McLaren: um de Riccardo Patrese e três de Nigel Mansell. A vantagem do brasileiro era de oito pontos sobre o britânico (51 a 43), e o GP da Hungria colocaria novamente os dois grandes nomes da temporada 1991 frente a frente.
“Não vai ser fácil derrotar as Williams na Hungria”, admitiu Senna para os jornalistas na semana da prova. “Mas é o único circuito onde a vantagem do motor Renault não é grande. Apenas um pouco grande. No ano passado, quando nós tínhamos um excelente motor de 10 cilindros, eu quase ganhei a corrida na última volta quando fiquei ao lado do (Thierry) Boutsen, só que pelo lado interno da pista, sem espaço para a tomada da curva, à direita. E, o único ponto de ultrapassagem é no final da reta e, ainda assim, apelando bastante”, lembrou Senna, que chegou há exatos 0s288 milésimos de segundo atrás de Boutsen, num final empolgante em 1990.
No sábado, Ayrton Senna conquistou a sua 57ª pole position na carreira, depois de cinco grandes prêmios – desde Mônaco – sem largar na posição de honra. Para quebrar de vez esse jejum, cravou logo 1min16s147, 1s232 mais rápido que Patrese, que iria largar ao lado dele na primeira fila. Logo atrás de Ayrton, abrindo a segunda fila, estava Nigel Mansell, com Alain Prost em quarto lugar com a Ferrari.