Após quatro vitórias em cinco corridas na temporada de 1991, Ayrton Senna desembarcava no México para tentar manter a boa margem de pontos na liderança do campeonato. Ayrton tinha 40 pontos e o segundo colocado, Nelson Piquet, somava apenas 16, naquele que era considerado o melhor início de ano de Senna na F-1.
Na sexta-feira, durante a primeira sessão do treino, Ayrton Senna levou um grande susto, como ele mesmo relatou depois de parar na caixa de brita da curva Peraltada com a sua McLaren virada de ponta-cabeça:
“Foram minutos de terror. Eu estava preso entre as ferragens da McLaren de cabeça para baixo. Sentia pânico só de lembrar que a gasolina derramada nas minhas costas poderia pegar fogo. Eu estava exprimido, não havia espaço para me mexer e tinha dificuldades para respirar. Foi um esforço enorme tirar o volante e os cintos para sair debaixo do carro como um tatu sai da toca.”
Ayrton Senna ofegava enquanto relatava o episódio do acidente ocorrido. Revivia os momentos de tensão enquanto contava em detalhes cada manobra feita antes da capotagem.
“Eu entrei rapidíssimo na curva, o carro tocou numa ondulação e, como estava reduzindo de sexta para quinta marcha, só tinha a mão esquerda no volante. Não pude controlar a situação. Voei, rodei e capotei”