A sina da temporada continuava também em Mônaco. Nigel Mansell havia vencido todas as corridas saindo da pole position e Ayrton Senna, por mais que lutasse, não conseguia andar mais rápido que as Williams nos treinos. Com seu FW14b “de outro planeta”, o inglês virou a marca de 1min19s495, incríveis 1s1 mais rápido Ayrton, que largou em terceiro.
Senna não estava exatamente feliz com a posição, mas tinha um plano para superar Patrese na largada e, valendo-se de sua experiência de quatro vitórias anteriores no circuito de Monte Carlo, pressionar o líder Mansell.
Sua estratégia era fazer uma saída rápida, dando um pulo à frente de Patrese. Em posição de pista, mesmo saindo de terceiro, levava a vantagem de ficar por dentro na primeira curva do traçado, a “Saint Devote”. Na luz verde, o brasileiro executou seu plano: mesmo sem uma grande largada, conseguiu superar o italiano da Williams por causa de seu preferência na pista.
“Para ser bem sincero, poderia ter ultrapassado também o Mansell na freada. O que me faltou mais ousadia. Não acreditei que eles fossem brecar tão antes da curva e só me empenhei em vencer o Patrese.”