O Dia da Independência dos Estados Unidos é celebrado em 4 de julho como uma das grandes festas do país onde Ayrton Senna conquistou cinco vitórias, sendo duas em Phoenix e três em Detroit.

Os dois Grandes Prêmios eram em circuitos de rua e o tricampeão mundial de F1 sempre mostrou um grande domínio nesse tipo de traçado.

Outra história marcante do piloto brasileiro em território americano foi em 1992, quando testou um carro da Fórmula Indy. Negociando seu contrato de renovação para seguir na McLaren em 1993, Ayrton aproveitou o final da temporada de 1992 para testar, junto com o amigo Emerson Fittipaldi, o carro da Penske em Firebird, em um circuito no deserto do Arizona.

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Detroit

No GP de 1986, uma história curiosa marcou a prova. Enquanto Senna dava alegria aos fãs nas pistas, nos gramados da Copa do Mundo de Futebol, que era disputada no México, o Brasil amargou na véspera da corrida a eliminação nas quartas de final para a França, país de origem de muitos mecânicos e engenheiros da Renault, fornecedora de motor da sua equipe.

No domingo, Senna resgatou o orgulho brasileiro ao comemorar a vitória com um gesto que seria eternizado em suas vitórias. O piloto parou na volta de desaceleração, pegou uma pequena bandeira brasileira e a ergueu de forma efusiva, dando uma volta completa com ela em punho.

Em 1987, Senna fez mais uma vez a festa nas ruas de Detroit, desta vez com a Lotus amarela. O brasileiro largou em segundo e seguiu Nigel Mansell (Williams) por 33 voltas. Quando o inglês parou para a troca de pneus, o piloto da McLaren assumiu a liderança para não mais perdê-la. Em uma aposta arriscada, cuidou de seus pneus e não fez pit stop, diferentemente da maioria dos adversários.

No GP de Detroit de 1988, Senna cravou sua sexta pole position em seis corridas no ano, um desempenho fantástico e que incomodava seu companheiro de McLaren, Alain Prost: um então bicampeão mundial (1985-1986). Sem dar brecha para a concorrência, Senna venceu de ponta a ponta, 38 segundos à frente de Prost e inclusive terminando uma volta à frente de Thierry Boutsen, terceiro colocado com a Benetton.

Phoenix

De forma surpreendente, uma forte chuva caiu no deserto do Arizona no classificatório de sábado no GP de Phoenix em 1990, o que fez com que apenas os tempos de sexta-feira fossem considerados. Com isso, Ayrton largou em quinto lugar. No domingo, Senna conseguiu pular para a segunda posição ainda nas voltas iniciais, mas Jean Alesi venderia muito caro a liderança da corrida. Senna intensificou a perseguição e, na volta 34, ultrapassou Alesi no fim da reta principal. O que o brasileiro não previu é que Alesi iria dar o troco na curva seguinte, com a manobra em “X”.

Na volta seguinte, o brasileiro mostrou porque era o favorito ao título daquele ano: depois de frearem juntos na mesma curva, Ayrton Senna embicou a McLaren por dentro e não deu chances para Alesi retomar a ponta. O francês até ameaçou o mesmo troco, mas dessa vez Senna não deu espaço e fechou a porta para o francês. Era a quarta vitória de Senna nos Estados Unidos.

Ao contrário da vitória no ano anterior, Senna não precisou largar de quinto no grid para vencer em Phoenix. Em 1991, fez a pole com um segundo de vantagem para Prost (Ferrari) e liderou a prova durante as 81 voltas até receber a bandeira quadriculada. A vitória em Phoenix foi o início de uma temporada arrasadora do brasileiro, quando venceu os quatro primeiros GPs do ano, abrindo uma boa vantagem que seria administrada no final do ano contra as Williams de Nigel Mansell e Riccardo Patrese.

Teste com a Penske

Preocupado com a troca de motores da McLaren para 1993, que abandonaria os Honda e passaria a competir com motores Ford, Senna chegou até a pensar em um ano sabático fora da F1.

Com isso, Ayrton foi até o autódromo de Firebird, pequeno traçado dentro do deserto do Arizona, ao lado de Phoenix. Nesta pista travada, estreita e “parecida com um kartódromo”, como o próprio Emerson Fittipaldi definiu, Senna deu suas primeiras e únicas voltas em um carro da Fórmula Indy. O modelo utilizado foi o Penske PC21 com motor Chevrolet turbo que a equipe correu durante a temporada de 1992.

A história completa você pode conferir no Senna TV abaixo: