O dia em que o Leão ficou preso atrás da McLaren de Senna

Mesmo com três vitórias consecutivas em Mônaco e já como tricampeão mundial de F-1, Ayrton Senna chegou como “azarão” no Principado em 1992. Os carros das Williams de Nigel Mansell e Riccardo Patrese eram muito mais velozes que a McLaren do brasileiro e por Senna teve que se contentar com o terceiro lugar no grid após ficar mais de 1s1 atrás do tempo da pole do “Leão”.

O plano de Senna para se manter com chances de lutar pela vitória era ultrapassar Patrese ainda na primeira curva. Largando por dentro, o brasileiro sabia que tinha boas chances de superar o italiano e por isso fez uma largada bastante ousada e assim conseguiu a manobra antes da primeira curva do circuito, na Saint-Devote.

Mesmo com o segundo lugar, Senna tinha dificuldades para conseguir manter o mesmo ritmo de Mansell e tudo se encaminhava para mais uma vitória do Leão, que já havia vencido as cinco primeiras corridas da temporada, em um domínio jamais visto na história da F-1 (o recorde anterior pertencia justamente a Senna, que vencera as quatro primeiras corridas de 1991).

Tudo mudou quando o inglês teve uma porca solta de uma das rodas de sua Williams. Com isso, foi obrigado a diminuir muito a velocidade e entrar nos pits para trocar os pneus, o que nenhum outro piloto entre os seis primeiros precisou fazer. Com o problema, Senna assumiu a ponta da prova – o bom ritmo ditado pelo brasileiro mesmo com seu McLaren inferior ajudou a que ele fosse o único piloto a conseguir ultrapassar
Mansell após este pit stop inesperado.

As últimas oito voltas tornaram o GP de Mônaco de 1992 um dos mais emocionantes da história da Fórmula 1. Mansell saiu como um “míssil” do box e colou na traseira da McLaren e tentou a ultrapassagem de todas as maneiras possíveis. Veja as tentativas de Mansell para tentar ultrapassar Senna:

Senna conseguiu superar toda a pressão e venceu pela quinta vez no Principado, igualando a marca de Graham Hill que já perdurava por 22 anos.