Em 20 de janeiro de 1994, Ayrton Senna testou pela primeira vez o carro da Williams-Renault, sua nova equipe naquela temporada. O brasileiro havia acabado de encerrar sua parceria de sucesso com a McLaren, por onde conquistou seus três títulos mundiais e também acumulou 35 vitórias na F1.
Em 1994, Senna teve como companheiro de equipe Damon Hill, terceiro colocado na temporada anterior e que havia permanecido na equipe. A dupla fez um primeiro dia de testes no dia anterior (19) para filmagens de algumas emissoras, produção de fotos e outros materiais de divulgação em Estoril. No dia 20, Ayrton já começou a acelerar para valer no circuito português.
O carro ainda era o modelo FW15, utilizado pela equipe em 1993, mas sem os componentes eletrônicos que foram banidos pela FIA para 1994. Ou seja, o carro não tinha suspensão ativa, controle de tração, acelerador eletrônico e freio antibloqueio (ABS).
Teoricamente seria um modelo semelhante ao 1993, mas na prática era uma máquina bem diferente daquele carro que levou Alain Prost ao seu tetracampeonato mundial, encerrando assim a história do francês como piloto na F1.
Senna percorreu 42 voltas no primeiro treino em Estoril e, apesar dos tempos não terem sido oficializados para efeitos de comparação, o brasileiro foi o mais rápido entre os pilotos que testaram. Ayrton sempre se mostrou preocupado com a instabilidade do carro, mas elogiou a potência do motor Renault V10.
A Williams somente mostraria nas pistas o modelo FW16 no mês seguinte, fazendo sessões de treinos em Silverstone, Paul Ricard e Imola na pré-temporada – o campeonato começaria em 27 de março daquele ano com a disputa do GP do Brasil em São Paulo, no autódromo de Interlagos.