Patrick Tambay foi um piloto francês que já estava no grid da Fórmula 1 quando Ayrton Senna fez a sua estreia em 1984. Tambay não foi campeão mundial, mas pilotou carros históricos como Ferrari, McLaren e Renault. Em uma entrevista para o site da Red Bull no Brasil, o piloto falou sobre como era seu relacionamento com Senna e relembrou boas histórias com o brasileiro.

“Ainda admiro Senna. Não só como piloto, mas como pessoa. Primeiro de tudo, pelas suas conquistas. Só que elas eram apenas parte do pacote. Ele ainda é lembrado pois as pessoas viram que ele era extraordinário”.

“Vi logo de cara que ele era melhor que eu – mas não vi problemas. Foi o mesmo com Gilles [Villeneuve]. Sei que posso ter consciência da força das outras pessoas e não me abalar, mas estava claro. Sem contar que Ayrton queria ser o melhor de todos. Isso o definiu”.

“Ele era muito sério quando o assunto era corrida. Ele foi muito disciplinado e esperava o mesmo dos outros. Mesmo quando ele estava descansando, seus instintos competitivos assumiam o lugar dele”.

Corrida de Campeões – nos esquis

“Antes do GP da Áustria no velho A1 Ring, estávamos hospedados na cidade de Klagenfurt e no hotel tinha um lago. Com pouco tempo livre, os pilotos se juntaram para relaxar e Ayrton era largamente considerado um dos melhores no esqui aquático da F1 [ele passava dias fazendo isso em Angra], mas eu fui o campeão do Mediterrâneo, então ele tomou um belo pau”.

“Ele encontrou o mago dos esquis aquáticos!”

“Quando foi a vez dele, ele se performou muito bem no slalom. Então, na minha vez, foi a hora de causar. Ele me jogou a corda enquanto eu ainda estava no pontão e eu acenei para o motorista, que partiu no barco. Eu pulei do pontão na água, fiz duas ou três curvas agressivas do meu catálogo e olhei para Ayrton. Deu para ver ele dizer: ‘droga’. Ele encontrou o mago dos esquis aquáticos! Mas, na pista, ele era o chefe.”

“Era muito honesto, sincero e justo. E realista. Todos temos ciência disso e temos de superar esse medo. Alguns são melhores que outros nisso, apesar de que nos dias atuais há menos medo – só que o perigo permanece. Na minha época, a gente tinha que esconder isso da cabeça, mas sempre estava sempre lá. Tive minha cota de sustos”.

Fonte: Site Red Bull Brasil – Para acessar o texto completo, clique aqui.