A estreia do Brasil na Copa América de futebol será neste sábado à noite contra o Equador, nos Estados Unidos, e o principal rival do País na competição é, claro, a Argentina. Esta famosa rivalidade nos gramados, no entanto, tem história diferente no automobilismo, principalmente por causa de Ayrton Senna, o atleta que sempre foi muito querido pela duas nações.

A idolatria dos argentinos com Ayrton Senna tem muito a ver com o fato de que o argentino Juan Manuel Fangio “adotou” Senna como seu grande herdeiro nas pistas. E o brasileiro sempre foi um profundo admirador do pentacampeão mundial de F-1.

A amizade entre os dois pôde ser vista em vários momentos da Fórmula 1. Desde os conselhos de Fangio para Ayrton em 1989 após a polêmica final do campeonato, até o abraço afetuoso entre ambos no pódio do GP do Brasil de 1993, quando Ayrton venceu pela segunda vez em Interlagos.

No Museu Fangio, localizado em Balcarce, cidade-natal do piloto argentino a mais de 400 km de Buenos Aires, os dois ídolos do automobilismo aparecem abraçados em um painel que fica no meio de uma bandeira brasileira e uma argentina.

A admiração dos argentinos por Senna não para por aí. Em 1995, quando o Autódromo Oscar y Juan Gálvez reabriu para a Fórmula 1, o traçado de Buenos Aires recebeu um “S de Senna”, similar ao de Interlagos, para homenagear o piloto. A corrida, curiosamente, foi vencida por Damon Hill, que era companheiro de equipe de Senna na Williams em 1994.

Maior ídolo da Argentina, Diego Maradona também já deixou claro seu carinho por Ayrton. Em sua autobiografia, lembrou que Senna é seu maior ídolo no esporte. Aliás, no final dos anos 80 e início dos anos 90, a TV dos argentinos no domingo tinha uma programação bem específica: ver a corrida de Senna e na sequência trocar o canal para assistir o Napoli, time italiano em que Maradona jogava.