Dia do Cardiologista: coração acelerado na F-1

Data:
12 de agosto de 2016

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Tempo de leitura:

2 minutos

Ayrton Senna foi um dos primeiros pilotos a se elevar em nível profissional a questão do condicionamento físico no automobilismo. Esta vantagem é nítida ao lembrarmos que é necessária muita força física e mental a mais de 300 km/h durante 2 horas e com frequências cardíacas superiores aos 200 batimentos por minuto.

Após disputar o GP da África do Sul em 1984 e sofrer com fortes dores no pescoço, além de um desmaio repentino, Senna precisou adequar seu corpo ao esforço que era feito para guiar um carro de quase 1 tonelada. Senna não estava acostumado a corridas tão longas e com um carro tão potente. Seu primeiro ponto na F-1 também foi decisivo para marcar um novo início na carreira em termos de preparação.

Foi pensando nisso que Ayrton fez um trabalho especializado com Nuno Cobra, seu preparador pessoal, e também com outros profissionais com quem trabalhou durante a carreira, como foi o caso de Josef Leberer, seu amigo pessoal e também seu preparador nas equipes McLaren e Williams.

No final da temporada de 1989, pouco antes de decidir o campeonato com Alain Prost, Ayrton foi um dos primeiros adeptos de um “pulsimeter”, para medir sua frequência cardíaca enquanto percorria seu treinamento de cooper. O aparelho funcionava em conjunto com uma cinta equipada por sensores, que era colocada na região do tórax do piloto. O item virou tradição entre os atletas anos depois.

Durante as atividades de cooper, os batimentos cardíacos do piloto era em média de 180 batimentos por minuto. Já na F-1, os batimentos disparavam acima dos 200 por minuto, principalmente em momentos decisivos como na largada ou em uma ultrapassagem. A transmissão da TV também explorou este momento de coração acelerado em ritmo de F-1 – a Rede Globo costumava exibir nos anos 1990 o batimento cardíaco de Senna em momentos decisivos, como a largada ou uma volta rápida.

Por causa desses momentos de grande esforço físico, os pilotos da F-1 e outros esportistas de alto rendimento costumam realizar exames com cardiologistas, principalmente no período de pré-temporada.

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