Gp da Itália 1987

Fórmula 1

GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA

Após 10 corridas disputadas no campeonato de 1987, a tabela apontava Nelson Piquet (Williams) em primeiro com 54 pontos, Ayrton Senna em segundo com 43, Nigel Mansell (Williams) em terceiro com 39 e Alain Prost (McLaren) em quarto com 31 pontos.
A 11ª primeira etapa, em Monza, favorecia as equipes com motores Honda, os mais fortes do grid, principalmente por conta das longas retas na pista italiana. O conjunto da Williams era sabidamente melhor, mas a equipe já começava a ter problemas para o ano seguinte, pois foi justamente na Itália onde os japoneses anunciaram que não iriam fornecer mais os motores para a equipe de Frank Williams na temporada seguinte. Apesar desse princípio de crise, Piquet e Mansell formaram a primeira fila. A pole ficou com Piquet por apenas 0s099. Em terceiro estava Gerhard Berger, surpreendendo com a Ferrari, e em quarto Ayrton Senna. O brasileiro vivia tempos difíceis com a Lotus nos treinos classificatórios, diferentemente dos dois anos anteriores onde cravou várias poles positions. Na terceira fila, Prost (McLaren) largava em quinto e Thierry Boutsen (Benetton) partia de sexto.

Ao final da sessão de classificação, quando Ayrton Senna voltou aos boxes, o engenheiro Gerard Ducarouge coçava o queixo analisando o grid. Juntos, Senna e Ducarouge pensaram, calcularam e chegaram à conclusão de que o piloto só teria chances de vitória se não trocasse os pneus durante a prova. O engenheiro ainda o alertou do perigo de correr naquelas condições. Ayrton Senna não ouviu, ou fez que não ouviu.
O plano era ousado e tinha chances de dar certo. Na largada, Piquet demorou para largar, Mansell tomou a ponta, mas errou uma troca de marcha ainda antes da primeira curva e seu companheiro de equipe voltou para a liderança. Senna largou mal e foi superado por Alain Prost e Thierry Boutsen, com destaque para o belga que pulou de sexto para o quarto lugar. Prost permanecia em quinto.
Na segunda volta, Mansell precisou segurar o ímpeto de Berger, que forçou o inglês ao erro na segunda variante. Para tentar não bater, o austríaco foi obrigado a frear e mesmo assim houve um pequeno toque. Com isso ambos abriram espaço para uma bela manobra de Boutsen, que ultrapassou os dois adversários e pulou para segundo, atrás apenas de Piquet.
Ainda na volta 2, Berger aproveitou o momento conturbado de Mansell e pulou para o terceiro lugar. Enquanto isso, Ayrton Senna colava na traseira de Prost e tentava achar um espaço para tomar o quinto lugar.

Na quarta volta, Satoru Nakajima, companheiro de Senna na Lotus, ficou estacionado na caixa de brita e perdeu o contato com o pelotão da frente. O japonês ainda conseguiu volta para a prova.
Logo na volta seguinte, Senna partiu para cima de Prost e tomou o quinto lugar na freada para a variante Ascari. Duas voltas depois, Michele Alboreto, da Ferrari, também aproveitou o baixo rendimento de Prost e ultrapassou o francês para entrar na zona de pontuação.
Na 17ª volta, Mansell apertou o ritmo e superou a Ferrari de Berger na reta dos boxes. Logo na sequência, o britânico também aproveitou a força do motor Honda e supera Boutsen para retornar à sua posição de largada.
A 21ª volta marcou o início da boa estratégia de Senna. Em menos de quatro voltas, o brasileiro ganharia três colocações. Mansell parou no box e fez o seu pit stop em mais de 11 segundos, retornando atrás do brasileiro, que já estava encostado em Berger e também em Boutsen. No final da 22ª volta, Senna toma à frente do austríaco na reta principal e no meio da volta seguinte consegue passar Boutsen e assegurar o segundo lugar.

Os dois adversários de Senna sentiram que tinham menos ritmo que a Lotus e optaram por fazer uma parada na volta seguinte, o que praticamente tirou ambos da luta pela vitória.
Na frente, Piquet parecia disparar rumo ao seu 20º triunfo na F-1, mas o pit-stop no final da volta 23 fez com que o piloto da Williams perdesse a liderança para Senna.
Piquet voltou apenas um segundo na frente de Mansell, que era o terceiro colocado, enquanto Senna tinha uma vantagem de 10 segundos para o seu compatriota.
A vantagem caiu nas voltas seguintes, mas Senna se mantinha com uma margem de 5 segundos e conseguiu segurar no braço a liderança até a volta 43, quando cometeu um erro e Piquet tomou a ponta. Ayrton tentava uma ultrapassagem em Piercarlo Ghinzani, piloto retardatário da Ligier, na curva Parabólica, mas os pneus deixaram o piloto da Lotus na mão na hora da freada e o brasileiro foi para a brita. Ayrton ainda conseguiu voltar para a pista, mas a liderança já havia sido tomada por Piquet.

Nessa altura, Mansell já não tinha o mesmo ritmo de antes do seu pit stop e sequer ameaçou Ayrton.
Mesmo com a Lotus completamente suja de pedras e areia, Ayrton não desistiu da vitória. Restavam ainda 7 voltas e o piloto da Lotus foi para cima de Nelson. Ayrton chegou a tirar três segundos em uma única volta e a diferença ficou em cinco segundos. Ao final de 46 voltas, restando somente quatro para o final, Senna fez um esforço gigante e diminuiu a vantagem para 3s6.
No final da volta 47, a vantagem caiu para 2s7. Na volta seguinte o piloto da Lotus descontou mais 0s1 e com isso restavam apenas mais dois giros.
O público não parecia acreditar, mas na penúltima volta (49ª de 50) Senna cravava a melhor volta da corrida com 1min26s796. Isso tudo sem trocar pneus e após uma saída para a brita. Com isso, Piquet abria a última volta com 2s58 de vantagem para Senna.

Nos 5.800 metros finais Piquet sustenta a liderança e cruza 1s806 na frente de Senna. Os dois brasileiros eram tão rápidos na pista que até o diretor de prova perdeu a chegada e não mostrou a bandeira quadriculada para ambos.
Confuso, Piquet seguiu acelerando sua Williams por mais alguns metros e Ayrton Senna parou sua Lotus na primeira curva, porque seu carro tinha ido além do limite. Na sequência, Senna pegou uma carona com Satoru Nakajima, seu companheiro de equipe, para chegar ao pódio em Monza.
Junto com os brasileiros no pódio estava Nigel Mansell, que terminou em terceiro lugar. Berger superou Boutsen e foi o quarto colocado e Johansson completou os seis primeiros com a Ferrari.
Na tabela de pontos, Piquet subiu para 63 e Ayrton Senna para 49. Mansell permanecia em terceiro com 43. O GP seguinte aconteceria em Portugal.

Fórmula 1

Gp da Itália

Grid de largada

A Corrida

Senna na corrida

Grid de largada

N. Piquet

N. Mansell

G. Berger

Ayrton Senna

A. Prost

T. Boutsen

t. Fabi

M. Alboreto

R. Patrese

10º

A. de Cesaris

11º

S. Johansson

12º

D. Warwick

13º

E. Cheever

14º

S. Nakajima

15º

R. Arnoux

16º

C. Danner

17º

M. Brundle

18º

A. Nannini

19º

P. Ghinzani

20º

A. Campos

21º

A. Caffi

22º

J. Palmer

23º

P. Alliot

24º

P. Streiff

25º

I. Capelli

26º

F. Forini

27º

A Corrida

50

voltas

26

carros

10

abandonos

1’26”796

volta mais rápida

tempo Ensolarado

Pódio

N. Piquet

Ayrton Senna

N. Mansell

Senna na Corrida

Posição de final

posição no campeonato após a prova

posição de largada

6

pontos somados no campeonato

1’26”796

melhor volta

Ainda faltam cinco corridas e todos estão muito próximos, se você fizer a matemática, a esta altura do campeonato. Vou tentar brigar até o fim.

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