Pelo terceiro ano consecutivo, Ayrton Senna e Alain Prost decidiam o título da F-1 em Suzuka. Senna chegou ao Japão com 78 pontos, nove pontos de vantagem para Prost no Mundial de Pilotos. Para levantar o seu segundo título da Fórmula 1 antes mesmo da última prova, bastava o brasileiro fazer mais pontos que o francês.
Na quarta-feira anterior à corrida, Senna perguntou aos organizadores da prova se poderiam mudar o lado do posicionamento dos pilotos no grid, colocando o ponteiro do lado de fora, e o segundo do lado de dentro, encostado no muro, onde a pista tinha menos aderência e era mais suja. Senna não teve seu pedido aceito, mas mesmo assim seguiu trabalhando intensamente nos treinos para sair na primeira colocação.
No sábado, todo o trabalho da McLaren para garantir a conquista focou-se em dominar a primeira fila do grid de largada. A Ferrari também tinha o mesmo objetivo. Ambas imaginavam que o jogo de equipe favoreceria Ayrton Senna ou Alain Prost.
Nenhuma das duas conseguiu: Ayrton Senna conquistou a pole position de maneira espetacular, com meio segundo de vantagem sobre Prost, mas Nigel Mansell ficou à frente de Gerhard Berger. Os concorrentes diretos ao título largariam na primeira fila.