Após a grande expectativa para a abertura da temporada, realizada em Phoenix, Estados Unidos, duas semanas antes, a F-1 desembarcava no Brasil para a disputa de mais um Grande Prêmio. E com uma importante novidade em 1990: seria disputada justamente no Autódromo de Interlagos, que voltava a receber a principal categoria do automobilismo nacional após um hiato de 10 anos. Entre 1981 e 1989, Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, recebeu o Mundial, local onde Ayrton Senna fez seu primeiro GP na F-1, em 1984, mas onde as vitórias sempre bateram na trave. Seria diferente agora em São Paulo?
Piloto da casa, nascido na capital paulista, o piloto acompanhou de perto as obras de reformulação do circuito, batizado de Autódromo José Carlos Pace em homenagem ao piloto brasileiro que venceu em sua terra natal o GP de F-1 de 1975. Dentre as principais modificações, uma das sugestões de Senna resultou na criação do famoso “S do Senna”, logo após a reta dos boxes, emendando este trecho com a Curva do Sol. Atendendo às normas daquela época, as obras diminuíram de 7.960 metros para 4.325 metros o traçado. E foram construídos novos boxes e uma nova torre de controle.
Após vencer a primeira corrida da temporada nas ruas de Phoenix (EUA), Ayrton Senna era favorito para a vitória naquele GP do Brasil: o piloto da McLaren estava concentrado para conseguir sua primeira vitória em seu País.