O Grande Prêmio da França de F1 acontece neste final de semana em Paul Ricard. Mesmo sendo rival de Alain Prost, Ayrton Senna sempre recebeu muito carinho e tem muita admiração dos franceses. Um exemplo disso é Simon Pagenaud, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis no mês passado, e que até correu com a pulseira da campanha #NoPulsoDoBrasil, nas cores icônicas do capacete do nosso campeão.
O piloto francês, inclusive, já havia corrido na Indy 500 de 2014 com um capacete em homenagem a Senna, em uma lembrança aos 20 anos do legado de Senna. Em 2019, o piloto foi além: usou a pulseira nas cores de Senna e ainda ganhou um boné Nacional de um jornalista brasileiro, que prometeu entregá-lo se vencesse a prova em Indianápolis.
“Quando eu tinha 4 anos de idade, o Ayrton fez com que meu amor por corrida florescesse. Ele corria contra o Alain Prost, era 1988 e foi quando ele venceu seu primeiro campeonato. Ele fez com que eu quisesse começar a correr e tudo que ele falava conversava muito bem comigo, tudo fazia sentido. Com isso, comecei a correr em karts com 8 anos de idade”, lembrou Pagenaud.
Inspirado no estilo de pilotagem de Senna, Pagenaud venceu na chuva no início do mês de maio, quando correu o GP de Indianápolis no traçado misto do lendário autódromo americano.
“Eu sempre sonhei em ser como o Ayrton, ele é meu herói e todos querem ser como seus heróis. Eu ouvia e assistia suas corridas, lembro de Donington, quando ele ganhou lá na chuva”, disse Pagenaud.
“Eu sempre tentei me inspirar no estilo de pilotagem que ele tinha e sempre tentei entender o que ele fazia de diferente para ser tão bom. Talvez ele tenha me ajudado quando venci na chuva em Indianápolis”, conta Pagenaud.
“Até os dias de hoje, quando tenho um pouco de tempo, volto a assistir os filmes sobre o Senna, seu livro e muitos vídeos, pois a energia em tudo que ele falava era exatamente o que eu sentia. Ele era um piloto mítico, para mim é um Deus do automobilismo. Então, obrigado, Ayrton. Eu não estaria aqui se não fosse por você”, completou o piloto francês.
Fora das pistas, mesmo quando ainda competia, Senna também foi muito bem recebido na França. Quem lembrou disso foi Raí, ex-jogador de futebol e que também é ídolo na França. Em 1994, Raí disputou um amistoso pelo Brasil contra o PSG durante a preparação para a Copa do Mundo daquele ano.
Nesta partida, Senna deu o pontapé inicial e foi ovacionado pelos franceses presentes no estádio. “Com a reação do público, um público de futebol, ali deu para perceber claramente que ele era muito mais do que um ídolo do automobilismo. Um ídolo que ultrapassou qualquer tipo de esporte graças ao carisma e às conquistas”, lembrou Raí ao Senna TV.