Neste próximo final de semana será disputado o GP da Itália de Fórmula 1, em Monza. Além de ter vencido provas no território dos ‘tifosi’, como são conhecidos os torcedores da Ferrari, Ayrton Senna detém um recorde impressionante de poles position conquistadas em solo italiano.
São 5 poles conquistadas em Monza (1985, 1988, 1989, 1990 e 1991) e 8 poles cravadas em Ímola nos anos de 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1994, totalizando 13 para o tricampeão mundial.
O segundo colocado neste ranking é Michael Schumacher, com 8 poles, 5 a menos que o brasileiro. O alemão teve bem mais oportunidades para aumentar esse número. No total, ele disputou 32 GPs em território italiano: 17 em Monza e 15 em Ímola. Ayrton teve um aproveitamento melhor disputando menos provas. Foram somente 10 GPs em San Marino e 9 em Monza.
Conhecida por ser a casa da Ferrari, a Itália sempre atraiu muitos fanáticos pela F-1 e é um dos países onde a admiração por Senna é muito forte. Veja algumas histórias do tricampeão mundial neste país:
1 – Monza 1989
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu sortear motores para que não houvesse privilégio para os pilotos dentro de suas respectivas equipes. Um dos que reclamava dos motores era Prost, que não se conformava de ser mais lento que Ayrton nos treinos. Mesmo com essa medida, Ayrton fez a pole em Monza com 1s014 de vantagem para o segundo colocado, que dessa vez foi Berger com a Ferrari. O francês somente largou em quarto, 1s790 mais lento que o brasileiro.
2- San Marino 1985
A segunda pole de Senna na carreira foi uma das mais apertadas da Fórmula 1. Ele cravou 1min27s327, ficando apenas 0s027 milésimos na frente de Keke Rosberg, que largaria ao seu lado. Na corrida, Senna esteve perto de vencer pela segunda vez consecutiva na temporada, mas uma pane seca acabou tirando a vitória do brasileiro a cinco voltas do final.
3- San Marino 1988
Essa pole position representou muito para Ayrton e também para a McLaren. Era o GP número 300 da equipe na Fórmula 1. Senna fez a volta mais rápida no treino com 0s771 de vantagem para Alain Prost. Mesmo sendo apenas a segunda etapa da temporada, a equipe já mostrava que seria dominante durante todo o ano. Nelson Piquet, que largou em terceiro com a Lotus, foi 3s352 mais lento que Senna, uma eternidade para a Fórmula 1. Na corrida, o passeio da equipe inglesa continuou. Senna venceu, colocando uma volta até no terceiro colocado.
4- Monza 1990
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O final de semana de Senna em Monza no ano de 1990 foi perfeito. No classificatório, conseguiu fazer a pole 0s402 milésimos na frente de Prost, que estava na Ferrari. Na corrida, continuou na ponta desde o sinal verde até receber a bandeira quadriculada, cravando ainda a melhor volta da prova e estabelecendo mais um ‘grand-chelem’ na carreira. De quebra, ganhou uma aposta com o chefe da equipe, Ron Dennis, e levou para o Brasil a McLaren desta vitória – que hoje em dia está em exposição na sede do Instituto Ayrton Senna, em São Paulo.
5- Monza 1988
A Ferrari e os torcedores italianos já faziam festa no Autódromo de Monza antes mesmo do cronômetro zerar. Ayrton saiu para uma volta decisiva e conseguiu tomar a frente de Berger, provocando um silêncio profundo na pista italiana. No domingo, porém, a festa trocou de mãos. Senna disparou na frente e vencia de ponta a ponta até a penúltima volta, quando um toque com o retardatário Jean Schlesser acabou tirando a vitória das mãos do brasileiro. A vitória e a dobradinha caiu no colo da própria Ferrari, com Berger em primeiro e Alboreto em segundo. Era a única vitória da Ferrari na temporada. As outras 15 ficaram com a McLaren, sendo 8 delas com Senna.
6- Monza 1991
Ayrton Senna fez a sua volta mais rápida da carreira no classificatório para o GP da Itália de 1991. O brasileiro cravou a volta veloz em 1min21s114, com a maior média horária da carreira 257,15 km/h. A vitória no domingo acabou ficando com Mansell, mas Ayrton subiu no pódio em segundo. Com o resultado, Senna mantinha 18 pontos de vantagem no campeonato sobre o rival, sagrando-se tricampeão mundial três etapas depois.