A última vitória de uma grande parceria: Ayrton Senna e Honda deram vários espetáculos nos circuitos pelo mundo entre 1987 e 1992. No GP de Monza em 1992, o piloto brasileiro venceu pela última vez com o motor japonês em sua McLaren. Também neste GP da Itália, Senna reencontrou Martin Brundle no pódio pela primeira vez desde os tempos em que eram rivais na F3, onde protagonizaram duelos emocionantes.

Senna iniciava a corrida com um desafio: precisou utilizar o carro reserva. O titular estava com problemas na instalação da nova suspensão ativa, que foi o grande diferencial da rival Williams na temporada. O brasileiro largou na segunda colocação, atrás apenas de Nigel Mansell, mas perdeu a posição para a Williams de Riccardo Patrese ainda nas primeiras voltas.

A corrida parecia ter as mínimas chances de vitória para Ayrton Senna, mas o tricampeão também contou com as falhas da Williams para superar a então favorita naquele final de semana. Nigel Mansell parou por problemas elétricos na 43ª volta.

Riccardo Patrese perdeu velocidade a três voltas do fim, se arrastando na pista. Com isso, o brasileiro pôde disparar rumo à vitória, mas não sem disputá-la antes duramente com as Benetton de Martin Brundle e Michael Schumacher, que chegaram logo atrás do brasileiro em segundo e terceiro, respectivamente.

No pódio, Senna estava entre feliz e nostálgico. Contente pela conquista do 36º Grande Prêmio de sua carreira, mas triste com o adeus anunciado da Honda, a quem dedicou o triunfo. Essa foi a terceira e última vitória de Ayrton na temporada 1992.

Com os pontos conquistados por Senna e Berger (4º colocado), a McLaren conseguiu um feito histórico. A equipe ultrapassou a Ferrari nos pontos totais da história da F1. A equipe italiana ficou com 1.744,5 pontos enquanto a McLaren foi a 1.755,5.