O Grande Prêmio da Espanha de 1989 foi dominado inteiramente por Ayrton Senna e essa prova aconteceu justamente no meio de duas das corridas mais polêmicas que o piloto brasileiro vivenciou na Fórmula 1.
A prova em Jerez acontecia na semana seguinte ao GP de Portugal, onde Senna foi tirado da pista pela Ferrari de Nigel Mansell, que já havia recebido uma bandeira preta algumas voltas antes de atingir o brasileiro. Em compensação, na prova seguinte ao GP espanhol, Senna esteve envolvido na maior polêmica da categoria: o GP do Japão, onde Ayrton venceu após receber o toque de Alain Prost e ainda assim foi desclassificado em uma manobra do presidente da FISA, Jean-Marie Balestre.
No meio dessas polêmicas, a prova em Jerez poderia até ter sido considerado “tranquila” para Senna, mas ele mesmo fez questão de desmentir a calmaria quando foi perguntado na coletiva de imprensa após a corrida sobre ter vencido facilmente. “Fácil? Até para chegar aqui foi difícil!”, disse o campeão da temporada de 1988.
A verdade é que Ayrton transformou aquele final de semana em uma verdadeira aula sobre os rivais. O brasileiro cravou a pole position no sábado, a 40ª de sua carreira, sob muita pressão. Em caso de vitória de Prost no domingo, o francês se tornaria campeão mundial. O rival, porém, não conseguiu sequer largar ao lado de Senna no grid, já que o segundo lugar foi de Gerhard Berger, com a Ferrari. Prost largou na terceira posição e os três pilotos terminaram nas mesmas posições em que iniciaram a corrida.
No final, Senna venceu com 27 segundos de vantagem para Berger e 53 segundos para Prost. Era a 20ª vitória do brasileiro na F1, que ainda foi de ponta a ponta e com a volta mais rápida da corrida. Com o triunfo de Senna, a decisão do campeonato de 1989 ficava para Suzuka, uma prova que se tornaria inesquecível para todos os fãs de Fórmula 1.