Apesar de um acidente grave no meio da semana, fazendo testes em Snetterton, Senna conseguiu a pole provisória em uma manhã de sábado chuvosa. Brundle segurou a ponta pela maior parte da sessão, mas a poucos minutos do fim, Senna cravou 1:34.74. Esta era outra de suas táticas: esperar, observar, monitorar, avaliar e atingir o auge da performance quando os adversários não podiam fazer mais nada. Ele confirmou a pole em uma sessão seca, no período da tarde.
Chuvas esparsas obrigaram quase todos a usar pneus de chuva na corrida. Senna assumiu a dianteira imediatamente, a frente de Brundle. Mas, na curva Becketts, Senna adotou um traçado cautelosamente aberto, e Brundle passou. Eles entraram juntos na reta do Hangar, e Senna ultrapassou por fora na curva Stowe.
Brundle, sincero, descreveu a ousadia e o controle da manobra como “brilhantes”. A chuva apertou na sexta das vinte voltas. O finlandês Jorma Airaksen, derrapou na reta de chegada e quase acertou Senna, que passava o retardatário. Ayrton conseguiu desviar, e a corrida foi interrompida.
Reiniciada para mais seis voltas, somadas às já percorridas, Brundle liderava sob os aplausos da torcida da casa, mas nas curva Becketts, Senna retardou a freada e passou por fora. “Incrível”, disse Brundle. “Ele estava com duas rodas na grama e mesmo assim continuou”. O “spray” das rodas de Senna tornou qualquer manobra de ultrapassagem absolutamente impossível, ou mesmo improvável para Brundle. Na última volta, o extintor de incêndio de Senna explodiu. “Ficou frio pra caramba, lá dentro”, brincou o brasileiro. Ele seguiu adiante, como não poderia ser diferente e faturou a terceira corrida da temporada, um dia antes de comemorar o aniversário de 23 anos.
PÓDIO
Resultado final
1º
Ayrton Senna
19m 36.51s
2º
Brundle
+1.96
3º
Fish
+7.01