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Ayrton, assim como qualquer outro garoto, amava viajar e passar o tempo com pessoas próximas a ele. Ainda quando menino, fez uma viagem ao Rio Araguaia que considerou ‘emocionante’.
A carreira internacional de Senna veio com diversas oportunidades. Dentre elas, a de conhecer pessoas e países do mundo todo. Os relatos das viagens evidenciam o cara brincalhão e mostram a vida pessoal de Ayrton Senna. Conheça alguns desses momentos com lembranças de pessoas próximas.
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Angra dos Reis
A casa em Angra dos Reis é o local onde aconteceram diversas histórias que demonstram o bom humor e a descontração de Ayrton Senna quando estava longe das pistas e perto da família e dos amigos.
A primeira lembrança de Ayrton Senna é contada por sua cozinheira Maria, que presenciou a maioria das histórias:
“Certa vez, Ayrton Senna estava na casa de Angra dos Reis com seu amigo alemão Gerty, executivo da Mercedes Benz na Alemanha. O alemão gostava de fumar cachimbo, para
desespero do brasileiro, que não suportava o cheiro. Gerty deixou o cachimbo sobre a mesa e saiu por alguns momentos. Tempo suficiente para que Ayrton Senna pegasse pimenta em pó e
colocasse dentro do cachimbo. Ao retornar, Gerty fez todo o ritual dos fumantes de cachimbo sem perceber nada. Quando o acendeu e na primeira baforada sentiu o forte gosto da pimenta,
viu que tinha algo errado, mas não se abalou e não fez nenhum comentário, apesar do rosto vermelho provocado pelo calor da pimenta. Claro que Ayrton Senna ficou quieto e fingiu nada
saber.”
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Portugal
Ayrton estava hospedado na casa de um amigo em Sintra, Portugal, quando um fato engraçado aconteceu. Em uma das noites, saiu para passear com um Honda vermelho com uma amiga portuguesa. Já voltando para casa, de madrugada, passou em um longo trecho de areia e o carro encalhou.
Não havia ninguém para ajudá-lo, mas Ayrton Senna não se apertou e buscou ajuda em uma casa a poucos metros de distância. O morador, acordado no meio da madrugada, mudou de humor quando reconheceu o ilustre visitante que batia à sua porta.
Depois de muito esforço para tirar o carro da areia, seu novo amigo ganhou como recompensa um pin do capacete do piloto, a única coisa que Ayrton Senna carregava no bolso naquele
momento.
Além da recordação, é claro.
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Argentina
A lembrança de Ayrton Senna em Buenos Aires é contada pelo jornalista Roberto Ferreira:
“Em 1991, voltando da Austrália, onde disputou a última corrida da temporada, Ayrton Senna parou em Buenos Aires para passar a noite e continuar viagem para o Brasil no dia seguinte.
Como fazia sempre que ia para Buenos Aires, convidou Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial de Fórmula 1 e um mito para os argentinos, para jantar. Gentil, Fangio foi buscar Ayrton Senna no Hotel Sheraton, onde o brasileiro estava hospedado.
Após algum tempo conversando, tomaram o elevador para ir para o restaurante. O elevador parou num andar e entrou um argentino. Ao olhar para ambos, murmurou: ‘Fangio? Senna?
Vou pegar o outro elevador. Nem os meus filhos vão acreditar que eu estava no mesmo elevador com os dois maiores pilotos do mundo.’”