
ESPORTES














Ayrton Senna era um esportista nato. Sua dedicação aos treinamentos físicos o tornou um atleta exemplar que poderia praticar qualquer tipo de esporte. Além do automobilismo, gostava de jogar tênis, correr a pé, andar de bicicleta, nadar, pilotar jet ski e outros. Em geral, dava-se muito bem em todos os esportes que resolvia praticar. Só não levava jeito mesmo no futebol. Ayrton Senna não conseguia controlar a bola e nunca era o primeiro a ser escolhido nos times. Aeromodelismo Aeromodelismo era uma paixão onde podia mostrar sua habilidade e precisão no controle dos pequenos aparelhos. O maior desafio era efetuar as manobras mais arrojadas sem nenhum instrutor. E conseguiu, com poucas horas de treino.
Jet Ski
Outro hobby muito próximo de sua grande paixão pelo automobilismo era brincar e regular o motor dos pequenos e endiabrados jets ski. Ayrton Senna ficava horas e mais horas mexendo nos ajustes dos motores para ficarem do jeito que queria. Só então saía para as manobras radicais e saltos nas ondas do mar.
Ciclismo
Senna foi um dos precursores da preparação física na Fórmula 1. Uma das atividades que ele fazia para melhorar o condicionamento era o ciclismo. Porém, o gosto do tricampeão por bicicletas começou bem antes dele se transformar em um atleta.
“Eu comecei quando eu tinha 3 ou 4 anos. Usava uma bicicleta amarela pequena. Foi aí que comecei e ela era tudo pra mim no mundo. Eu andei nela até os 12 anos, quando já era bem grande pra ela. Mas eu não queria ter uma bicicleta nova e maior, porque foi nela que eu eu aprendi a andar, a manter o equilíbrio, guiar em linha reta e competir em velocidade com outras crianças. Era uma atividade muito saudável e agradável”.
Ayrton continuou tão ligado ao ciclismo que chegou a lançar, em 1994, uma linha exclusiva de bicicletas da renomada empresa italiana Carraro, em conjunto com a marca Senna. As unidades vendidas na época ajudaram as primeiros soluções educacionais do Instituto Ayrton Senna em 1994.
Hoje, no automobilismo, é bastante comum ver campeões mundiais da F-1, como os pilotos Fernando Alonso e Jenson Button, pedalando pelos autódromos.
VIAGENS
Angra dos Reis
A casa em Angra dos Reis é o local onde aconteceram diversas histórias que bem demonstravam o bom humor e a descontração de Ayrton Senna, quando estava longe das pistas. Uma delas é contada por sua cozinheira Maria, que presenciou a maioria delas: “Certa vez, Ayrton Senna estava na casa de Angra dos Reis com seu amigo alemão Gerty, executivo da Mercedes Benz na Alemanha. O alemão gostava de fumar cachimbo, para desespero do brasileiro, que não suportava o cheiro. Gerty deixou o cachimbo sobre a mesa e saiu por alguns momentos. Tempo suficiente para que Ayrton Senna pegasse pimenta em pó e colocasse dentro do cachimbo. Ao retornar, Gerty fez todo o ritual dos fumantes de cachimbo sem perceber nada. Quando o acendeu e na primeira baforada sentiu o forte gosto da pimenta, viu que tinha algo errado, mas não se abalou e não fez nenhum comentário, apesar do rosto vermelho provocado pelo calor da pimenta. Claro que Ayrton Senna ficou quieto e fingiu nada saber.”
Portugal
Ayrton Senna estava hospedado na casa de um amigo em Sintra, Portugal, quando um fato engraçado aconteceu. Em uma das noites, saiu para passear com um Honda vermelho com uma amiga portuguesa. Já voltando para casa, de madrugada, passou em um longo trecho de areia e o carro encalhou.
Não havia ninguém para ajudá-lo, mas Ayrton Senna não se apertou e buscou ajuda em uma casa a poucos metros de distância. O morador, acordado no meio da madrugada, mudou de humor quando reconheceu o ilustre visitante que batia à sua porta. Depois de muito esforço para tirar o carro da areia, seu novo amigo ganhou como recompensa um pin do capacete do piloto, a única coisa que Ayrton Senna carregava no bolso naquele momento.]]]
Além da recordação, é claro.
Argentina

“Em 1991, voltando da Austrália, onde disputou a última corrida da temporada, Ayrton Senna parou em Buenos Aires para passar a noite e continuar viagem para o Brasil no dia seguinte.
Como fazia sempre que ia para Buenos Aires, convidou Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial de Fórmula 1 e um mito para os argentinos, para jantar. Gentil, Fangio foi buscar Ayrton Senna no Hotel Sheraton, onde o brasileiro estava hospedado.
Após algum tempo conversando, tomaram o elevador para ir para o restaurante. O elevador parou num andar e entrou um argentino. Ao olhar para ambos, murmurou: ‘Fangio? Senna? Vou pegar o outro elevador. Nem os meus filhos vão acreditar que eu estava no mesmo elevador com os dois maiores pilotos do mundo.’”
Roberto Ferreira, jornalista