Ayrton Senna tinha uma folha de papel dobrada em quatro que escorregava entre seus dedos enquanto falava com os jornalistas brasileiros. Ditou generalidades sobre a corrida, fez mistérios da tática de pneus e reconheceu a superioridade da Williams. Mas não parou de mexer com a anotação.
Saiu então para a classificação e arrancou a pole position. Largaria novamente na frente na Itália.
Durante a corrida, Ayrton Senna manteve a liderança após a largada, muito pressionado por Nigel Mansell e Riccardo Patrese. Resistiu por 32 voltas, até a troca de pneus, quando foi ultrapassado.
Queria um bom resultado, e por isso pisou fundo no acelerador, estabelecendo a volta mais rápida. Realizou ultrapassagens em Gerhard Berger e, depois, em Alain Prost, acomodando-se na segunda colocação.
E tal o papel? Ayrton Senna contava os pontos somados no campeonato. Riscou os seis somados com o pódio na Itália e comentou:
“Só faltam mais quatro ou talvez três resultados para fechar a fatura”
Gp dA itÁLIA
1º
Ayrton Senna
2º
N. Mansell
3º
G. Berger
4º
R. Patrese
5º
A. Prost
6º
J. Alesi
7º
M. Schumacher
8º
N. Piquet
9º
R. Moreno
10º
P. Martini
11º
M. Blundell
12º
I. Capelli
13º
S. Modena
14º
A. de Cesaris
15º
S. Nakajima
16º
E. Pirro
17º
G. Morbidelli
18º
M. Gugelmin
19º
M. Brundle
20º
J. Lehto
21º
T. Boutsen
22º
E. Comas
23º
N. Larini
24º
E. Bernard
25º
M. Hakkinen
26º
O. Grouillard
53
voltas
26
carros
10
abandonos
1’26”061
volta mais rápida
1º
tempo chuvoso
Pódio
1º
N. Mansell
2º
Ayrton Senna
3º
A. Prost
2º
Posição de final
1º
posição no campeonato após a prova
1º
posição de largada
6
pontos somados no campeonato
1’26”061
melhor volta
“Só faltam mais quatro ou talvez três resultados para fechar a fatura (o título do campeonato)”