Ayrton Senna esperava o ano mais difícil na McLaren desde a sua chegada na equipe, em 1988. O Grande Prêmio do Brasil marcaria a estreia no novo carro. Mesmo com performances fracas nos testes da pré-temporada, havia alguma esperança de melhora.
Mas não foi uma boa surpresa, como o piloto mesmo relatou após a prova:
“Comecei mudando o ajuste da suspensão na classificação. O carro tornou-se duro, perdeu aderência e as rodas ficavam mais tempo no ar do que no chão. O motor quebrou e só tive tempo para treinar de tanque cheio no warm up. Foi muito difícil conseguir largar em terceiro lugar. Na corrida, percebi que as Williams estavam num nível superior e, como era impossível impedir a vitória de Mansell, acomodei-me atrás delas. Porém, já na quarta volta, tive problemas com o motor. Ele cortava de repente e em plena reta, a 250 km/h, como se eu tivesse tirado o pé do acelerador. Achei que fosse pane eletrônica e desliguei a ignição. Como tudo é computadorizado, desligar o carro é como recomeçar o processo do computador. Se a falha fosse do programa teria consertado. Fiz isso duas vezes sem resultado. Aí reduzi as rotações do motor nas trocas de marcha e alterei a mistura de combustível, mas o problema persistia. Estava muito perigoso guiar. Em quinta marcha e em cima de uma ondulação, o carro podia mudar a trajetória sem que eu soubesse para onde ele iria. Por isso, resolvi abandonar a prova e esperar pela suspensão ativa prometida para o GP da Espanha”
Ayrton Senna. Interlagos, 6 de abril 1992.
Gp do brasil
1º
N. Mansell
2º
R. Patrese
3º
Ayrton Senna
4º
G. Berger
5º
M. Schumacher
6º
J. Alesi
7º
M. Brundle
8º
P. Martini
9º
K. Wendlinger
10º
T. Boutsen
11º
I. Capelli
12º
S. Modena
13º
A. de Cesaris
14º
M. Alboreto
15º
E. Comas
16º
J. Lehto
17º
O. Grouillard
18º
B. Gachot
19º
G. Tarquini
20º
C. Fittipaldi
21º
M. Gugelmin
22º
A. Suzuki
23º
G. Morbidelli
24º
M. Hakkinen
25º
U. Katayama
26º
J. Herbert
71
voltas
26
carros
16
abandonos
1’19”490
volta mais rápida
tempo ensolarado
Pódio
1º
N. Mansell
2º
R. Patrese
3º
M. Schumacher
–
posição final
5º
posição no campeonato após a prova
3º
posição de largada
–
pontos somados no campeonato
1’23”101
Melhor Volta
Estava muito perigoso guiar. Em quinta marcha e em cima de uma ondulação, o carro podia mudar a trajetória sem que eu soubesse para onde ele iria. Por isso, resolvi abandonar a prova e esperar pela suspensão ativa prometida para o GP da Espanha