A quarta etapa da temporada de 1986 da Fórmula 1 aconteceu num circuito que Ayrton Senna conhecia muito bem e já tinha feito história. O piloto chegou às ruas do principado de Mônaco com uma tática para correr bem pelo circuito de Monte Carlo:
“Sair no braço, apoiar-se na canhota e não errar”
No braço, porque sabia que os motores Porsche das McLarens eram imbatíveis naquele circuito.
Na canhota, porque, em Mônaco, cada piloto realiza mais de três mil trocas de marcha durante a corrida e ele, um canhoto, levava vantagem em ficar com a mão boa no volante.
E, claro, não podia errar em nenhuma circunstância. Com um circuito sem escapes, uma pequena falha poderia resultar em um final de prova precoce.
Ayrton Senna seguiu a cartilha e acelerou fundo desde a classificação, quando obteve o terceiro tempo, largando assim na segunda fila. Durante a prova, também não errou e chegou a liderar por sete voltas.
Não foi suficiente para superar as McLarens de Alain Prost e Keke Rosberg, que sobraram diante dos adversários e compuseram a primeira dobradinha da equipe no ano. Ayrton Senna completou o pódio, em terceiro. No fim, consolou-se:
“O terceiro lugar seria o máximo para mim numa corrida normal. Então deu a lógica”
Gp de mônaco
1º
A. Prost
2º
N. Mansell
3º
Ayrton senna
4º
M. Alboreto
5º
G. Berger
6º
R. Patrese
7º
J. Laffite
8º
P. Tambay
9º
K. Rosberg
10º
M. Brundle
11º
N. Piquet
12º
R. Arnoux
13º
P. Streiff
14º
T. Boutsen
15º
S. Johansson
16º
T. Fabi
17º
M. Surer
18º
A. Jones
19º
J. Palmer
20º
E. de Angelis
78
voltas
20
carros
8
abandonos
1’26”607
volta mais rápida
1º
tempo ensolarado
Pódio
1º
A. Prost
2º
K. Rosberg
3º
Ayrton Senna
3º
posição final
2º
posição no campeonato após a prova
3º
posição de largada
4
pontos somados no campeonato
1’26”843
melhor volta
O terceiro lugar seria o máximo para mim numa corrida normal. Então deu a lógica.